São 4 da tarde de um Domingo de Verão.
Estou numa terriola qualquer onde os galos cata-ventos nos cimos dos sinos das igrejas ainda persistem.
Rumamos aos Moinhos.
Moinhos antigos que me lembram D. Quixote e o seu fiel amigo.
A história vista depois destes anos todos já faz todo o sentido. Estes moinhos têm tanto de antigo como de imponentes.
Vejo-os a ganharem vida e a atormentarem os sonhos desta gente, pelo barulho ensurdecedor que fazem. Um som seco e forte. Zum – zum- zum …
Subimos, a convite do Sr. Zé do Moinho (“apelido ganho pelo Povo” – como ele diz) para ver mos o interior e explica nos como se faz a farinha…
…
….
Estamos iguais a nós mesmas.
E volta mo nos a reunir como se de três adolescentes se tratasse, a imitar deixas do Sexo e da Cidade.
Estamos mais velhas, o peso da responsabilidade pesa e constatamos que “as meninas da Faculdade” já há muito que foram para outras histórias. Não as que queríamos! Somente as que deixamos que o destino traça se.
Recordamos.
Batem as saudades.
Falamos de nós, deles, da sociedade em geral.
Gritamos
Rimos
Traçamos novos planos e fazemos questão de os dizermos em voz alta, sem vergonhas ou medos, como que a carimbar uma declaração.
O Amor revela-se nas suas formas mais estranhas… e uma delas tão simples: A Amizade!
Voltamos rumo à cidade na esperança de um reencontro para breve.