24 maio 2005

Onde o pensamento nos leva …

Não sei bem precisar quanto tempo foi mas, foi bem mais que 20 minutos que estive parada à porta da sala simplesmente a deixar-me levar pelos meus pensamentos.
Acabei de limpar as cadeiras que trouxe da casa da Terra e a mesa que a Pepper me deu.
As cadeiras são de um estilo antigo mas com formas rectas (nada daqueles “renhococós” com cornucópias) e no tampo têm gravadas flores na madeira. A mesa é daquelas que se abrem e fecham: Quando se abre fica redonda, quando se fecha fica rectangular.
Parada e encostada à ombreira da porta vejo a sala a ganhar formas. Defino e analiso meticulosamente o espaço e no meu pensamento distribuo o sofá e o móvel da TV pelo espaço livre… que bonito que fica!
Na parede estão os quadros que pintei a pastel e nas janelas os cortinados que a Carla me deu. No canto um móvel daqueles que fazem esquina e no tecto um candeeiro laranja a combinar com as paredes.
Na aparelhagem toca Portishead e as velas de cheiro a cravo e canela deixam leveza no ar.
….
……….
Estou ainda encostada à ombreira da porta…não existem velas e o único som é o dos meus saltos no soalho nu.
Não existem móveis de canto nem muito menos sofá ou móvel para a TV. As janelas ainda não têm os cortinados que a Carla me vai dar, nem as paredes o quadros que pintei a pastel.

Da ombreira da porta vejo somente as cadeiras que trouxe da terra com flores gravadas no tampo de madeira e a mesa que a Pepper me deu, mas o meu pensamento ontem acabou por me revelar que a minha sala há-de ser assim: tranquila, serena, convidativa…
… Fiquem à vontade… Aceitam um chá?

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