19 setembro 2005

Amor…





… é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões




Não é novidade para ninguém, até porque todos lemos e relemos este poema nos dias de escola…
Agora, ao fim de uns anos, volto a lê-lo…

…. Já encaixa na perfeição…

4 comentários:

Anónimo disse...

talvez como em relação à canção nacional portuguesa-o fado-só consigamos percebê-la , depois de o tempo nos ensinar algumas coisas....mas quantas vezes não dispensávamos tanta sabedoria ...
bjinhos
sílvia

marymoon disse...

Talvez porque esta é a hora de o perceberes. tAL como os nossos provérbios antigos que são de uma sabedoria infinita: TUDO A SEU TEMPO

MIIIIIIIIIIIIIIILLLLLLLL BEIJOS!

Vincent disse...

É assim com a poesia e a literatura. algures na vida os nosso caminhos cruzam-se com os seus. E é só nesse instante que os entendemos por inteiro.

Ana Rute Oliveira Cavaco disse...

:)