Desenvolvi, ao longo de 7 anos, uma relação com o meu carro demasiado sentimental.
Um Corsa que ninguém sabe muito bem se é azul ou roxo ou azul-arroxeado ou roxo-azulado e que ninguém sabe muito bem também, porque continuo com ele.... Sinceramente: nem eu!
Quando o comprei, o Sr. Cabral nem quis fazer-me um desconto... assegurou-me que os 20 mil km já contabilizados, tinham sido feitos entre a casa e a escola dos miúdos.
Na verdade, ainda cheirava a novo e o estado não podia ser melhor.
Não insisti com o desconto e os 600 contos que dei na altura, hoje parecem-me pouco!
Agora apresentam-me uma conta superior ao seu valor comercial para que possa continuar a usufruir da sua companhia... e não aceito! Pronto!
Ando numa roda viva, em busca de peças baratas e de montagens (quase) gratuitas!
O caminho parece-me difícil, até porque negociar com homens de fatos-de-macaco é complicado, mas não desisto.
Prometo a mim mesma que é só mais este arranjo e que depois me desfaço dele...
e tenho aquela sensação de deja-vu que sou assim em (quase) tudo:
Só mais uma vez, só mais hipotese, só mais uma tentativa...
e insisto... e não desisto
Os Grandes Nomes do Macabro
Há 1 dia