Esta é a pergunta que a Sininho deixa em aberto num dos seus posts.
Todos eles paralisam sempre uns momentos no meu dia… e ainda bem ;)
A esta pergunta, no imediato, respondi-lhe que Não.
Que Não é possível viver sem ignorar que se vive e se morre.
Depois reflecti…e afinal a resposta é: ….Às vezes
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Às vezes ignoro aquilo que vivo e naquilo Em que vivo…Outras vezes não:
Ontem, mais uma vez, espreitei para dentro de mim e falei comigo mesma como se fosse outra pessoa.
Ralhei muito comigo, chateei-me a sério e pus-me de castigo. Pronto!
Disse-me que assim não pode ser, que tenho de tomar uma atitude e deixar-me de tretas.
E agora andamos de nariz empinado uma com a outra, zangadas e tristes.
O ter deixado cair no chão um tupperware cheio, com o resto de uma salada fantástica de atum e delicias do mar que fiz para o jantar, foi somente a gota que fez transbordar o copo de água que tem tornado a minha vida num autêntico oceano em dia de tempestade.
Há já muito tempo que estava para me chamar à atenção de uma data de coisas más que tenho andado a fazer a mim mesma e ontem deitei tudo cá para fora. Se fosse minha filha tinha levado umas boas nalgadas… mas mantive a distância do respeito.. do igual para igual!... e juntas tivemos de limpar do chão os restos daquela salada fantástica de atum e delicias do mar.
Mais tarde fazemos as pazes, já sei…. Vou deixar assentar os ânimos.
Ainda em jeito de resposta … Era bom que pudéssemos viver sem ignorar que vivemos… poupávamos conflitos interiores, que são os que doem mais.
Poder ser que daqui a uns anos me dê razão e diga a mim mesma aquela frase horrível que todos nós tememos ouvir um dia: “Eu bem te avisei”…
Imagem retirada daqui